Saúde

Associação critica contratação de clínicos estrangeiros sem especialidade de medicina familiar

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, que está em congresso em Vilamoura, defende ainda uma limpeza dos ficheiros para que se saber quantos utentes não têm médico de família.

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar critica a contratação de clínicos estrangeiros sem especialidade de medicina familiar e pretende que o Governo aposte mais nos recém-licenciados portugueses com esta especialidade.

«Esse processo foi conduzido de uma forma que, desde o princípio, achamos desadequada e que não foi emendada. A tónica não é na nacionalidade dos médicos, mas na diferenciação técnica que esses médicos têm», explicou o presidente desta associação.

João Sequeira Carlos diz mesmo que «são inclusive dadas condições contratuais preferenciais e privilegiadas» aos médicos estrangeiros, o que é «fonte de grande desmotivação» e uma «situação aberrante e que urge resolver».

Quanto ao número de portugueses que continuam sem médico de família, esta associação entende que é preciso começar por fazer uma limpeza dos ficheiros para que se saiba ao certo quantos utentes não têm médico de família.

«Basta imaginar uma situação de uma inscrição esporádica de uma pessoa que possa ter de efetuar por estar transitoriamente num determinado local e o sistema poder assumir essa inscrição como gerando mais um número de utente atribuído à mesma pessoa», explicou Sequeira Carlos.

Este responsável acrescentou ainda que os ministérios das Finanças e da Segurança Social conseguem atualizar constantemente os seus ficheiros para minoria a existência de erros, o que também deveria acontecer com os ficheiros da Saúde.

Estes médicos estão reunidos a partir desta quarta-feira em congresso em Vilamoura, devendo o ministro da Saúde marcar presença nesta evento na quinta-feira.