No encerramento do 29º encontro nacional de Medicina Familiar, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, reiterou a convicção de até ao fim da legislatura garantir que cada português tenha um médico de família.
Perante um plateia de médicos, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, ouviu o alerta do bastonário José Manuel Silva.
«Contem connosco para as decisões técnicas, mas contem também que criticaremos as decisões políticas que não vão no sentido da defesa dos interesses dos doentes e do Sistema Nacional de Saúde, organizado em volta de um Serviço Nacional de Saúde», declarou o bastonário.
Por seu lado, o ministro Paulo Macedo disse que conta com a colaboração da Ordem dos Médicos para que até ao final da legislatura cada família tenha um médico no Serviço Nacional de Saúde.
«Dos contactos que temos feito com a Ordem dos Médicos, quer através da Associação dos Médicos de Medicina Geral e Familiar, achamos que existem condições objetivas, obviamente aumentando o número de vagas para esta especialidade, também aumentando as unidades de saúde, e revendo a lista de utentes», destacou Paulo Macedo.
Para o presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, José Sequeira Carlos, o aumento do número de médicos de família terá que passar por colocar rapidamente os jovens que estão no internato.
«Atualmente estão a fazer exame final de internato cerca de 120 internos, o que significa que em maio estarão disponíveis para serem colocados. É urgente que saia o aviso de abertura de concurso de admissão para serem colocados nas unidades de saúde», lembrou José Sequeira Carlos.
«De acordo com estes dados, e num cenário linear, será possível ter nos próximos cinco anos cerca de 1500 novos médicos de família», assegurou.
Perante este cenário, o ministro da Saúde considerou que dentro de algum tempo não será necessário contratar mais médicos estrangeiros.