A comissão de trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo manifestou «enormes reservas» ao processo de privatização de «até 100 por cento» da empresa.
«Pomos enormes reservas, nós gostávamos de ver todas as parcerias possíveis, mas o Estado detentor de um património nacional», afirmou António Barbosa, da comissão de trabalhadores dos Estaleiros de Viana, no final de uma reunião que se prolongou por mais de hora e meia com o ministro da Defesa.
Segundo António Barbosa, no encontro com o titular da pasta da Defesa foi revelado que no âmbito da Empordef e da Parpública está a ser preparado um concurso internacional «para alienar até 100 por cento os estaleiros navais de Viana», mantendo a sua vocação de construtor naval.
Além disso, acrescentou o porta-voz da comissão de trabalhadores, o ministro da Defesa disse que «o Estado com esta situação irá garantir que sejam salvaguardados os postos de trabalho existentes dentro das possibilidades».
Apesar dessa garantia, António Barbosa reconheceu que a comissão de trabalhadores não está satisfeita com a solução encontrada com o Governo, embora o Ministério tenha demonstrado «com muita seriedade que está a trabalhar, está a fazer todos os possíveis».
António Barbosa disse ainda ter confiança que estão a ser desenvolvidos todos «os esforços para se iniciar com o trabalho de encomendas de navios asfalteiros» que irá garantir três anos de trabalho.
«O ministro diz que estão a ser criadas condições para brevemente iniciarmos com bastante força nesse projeto», adiantou.