Portugal

Empresas de transportes não conseguem prever efeitos da greve geral

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Metro de Lisboa com circulação suspensa. CP espera ter mais comboios do que os serviços mínimos. Transtejo e Carris sem previsões. STCP e Metro do Porto afectados.

A maioria das empresas de transporte não consegue prever qual será o impacto da greve geral de quinta-feira. O Metro de Lisboa é a única empresa que admite a paralisação da rede. Carris e Transtejo não querem fazer previsões. A CP acredita que vai ter mais comboios a circular do que os serviços mínimos. A Norte, no Metro do Porto a maioria da rede estará a funcionar normalmente, mas uma parte de várias linhas não terão serviço, enquanto os STCP garantem que várias linhas não serão afectadas.

Os responsáveis do Metro de Lisboa prevêem a suspensão da circulação entre as 23h20 desta quarta-feira e a 1h de sexta-feira. Este é o único meio de transporte de Lisboa e Porto onde a administração da empresa admite conhecer previamente os efeitos da greve geral desta quinta-feira, 22 de Março.

Na CP, a empresa prevê "perturbações a nível nacional", mas admite que deve conseguir ter mais comboios a circular do que os decretados pelo tribunal arbitral como serviços mínimos.

Ao contrário de outras greves, desta vez a CP não é capaz de prever o que vai acontecer, mas sublinha que tendo em conta "que nem todas as organizações sindicais representantes de trabalhadores da CP apresentaram pré-aviso de greve, a empresa espera conseguir realizar comboios adicionais aos previstos nos serviços mínimos".

Os primeiros impactos desta greve geral na CP podem ter início a partir das 22h desta quarta-feira, nomeadamente nos comboios urbanos de Porto e Lisboa. Os serviços mínimos podem ser consultados no site da empresa.

Na Carris, fonte oficial explicou à TSF que não se consegue prever os efeitos desta greve. A administração da empresa recorda, contudo, que "em todas as greves antecedentes os trabalhadores da Carris têm evidenciado um enorme sentido de responsabilidade, não aderindo, de forma significativa, a essas greves" e com o serviço normal a ser "relativamente pouco afectado, ao contrário do que ocorreu com os demais operadores de transportes, que, em vários casos, paralisaram totalmente".

Na Transtejo, fonte oficial da empresa explicou à TSF que não há serviços mínimos decretados e na última greve geral nenhum barco circulou no Tejo. A empresa não faz, contudo, previsões e prefere esperar pela adesão dos trabalhadores à greve geral de quinta-feira.

Mais a Norte, no Metro do Porto, a empresa garante que a zona central da rede, com mais passageiros, entre Senhora da Hora-Estádio do Dragão e Hospital de São João-Santo Ovídio, estará a funcionar normalmente e terá, eventualmente, apenas com alguma redução da oferta. Tudo o resto, no entanto, nomeadamente as ligações até ao Senhor de Matosinhos, Fânzeres, Ismai, Aeroporto e Póvoa de Varzim, não devem ter as composições a circular realizar-se.

Quanto à STCP, fonte da empresa explicou à TSF que as consequências da greve são imprevisíveis. No entanto, já se sabe que algumas linhas não vão ter qualquer perturbação (linhas 10, 55, 61, 64, 68, 69, 70, 94 e ZR), enquanto outras terão serviços mínimos ( 200, 205, 300, 301, 305, 400, 402, 500, 5001, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 906, 907, 4M e 5M) .