Educação

Fenprof pede clareza sobre exames para alunos com dificuldades cognitivas

Exames Direitos Reservados

A obrigatoriedade destes exames para os alunos do 6º ano com dificuldades cognitivas está a preocupar pais e alunos, daí a clarificação pedida pela Fenprof.

A Fenprof recomenda ao Ministério da Educação que comunique com clareza as alterações que vai fazer relativas à obrigatoriedade de exames para os alunos do 6º ano com dificuldades cognitivas.

«Precisávamos de uma clarificação por parte do Ministério, assumindo o Ministério por escrito e para todas as escolas que só mesmo quem tiver limitações cognitivas severas e não esteja a acompanhar o currículo nacional vai fazer um exame de escola», pediu Ana Simões, da Fenprof.

Estas mudanças estão a preocupar país e professores, com muitos a não conseguirem compreender esta medida que alguns classificam de «desumana».

«Emocionalmente, são alunos muito frágeis porque sentem muitos deles minimizados e muitas vezes estão em contextos familiares desajustados», lembrou Manuela Cunha, do Centro de Ensino Especial de Vila Nova de Famalicão.

Já uma professora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIM), que acompanha crianças com dislexia, desdramatiza a situação e até diz que esta medida pode justificar-se em certas circunstâncias.

«Se os exames forem bem elaborados e eles continuarem a poder usufruir de tempo extra e continuarem a ter em conta as dificuldades dos alunos durante a cotação então não é questão para estarmos tão alarmados quanto isso», explicou Leonor Ribeiro.