O ministro da Economia sustentou que a violência observada na quinta-feira durante a manifestação em dia de greve geral não permite comparar Portugal com a Grécia.
«Não temos nada a ver com a Grécia. Nada. Não só porque existe um consenso social muitíssimo mais alargado, mas porque assinámos um acordo de concertação social em que o Governo, os sindicatos e as entidades patronais optaram por pôr de lado as suas diferenças e apostaram no interesse nacional», afirmou o governante no final de uma cerimónia de assinatura de vários contratos de exploração de minerais metálicos.
O ministro reforçou que Portugal está a «levar a cabo reformas com convicção, que não são reformas de papel. São reformas que têm consequências e que são muito importantes para tornar a nossa economia muito competitiva. Não temos o mínimo a ver com a Grécia», repetiu Álvaro Santos Pereira.
Sobre a greve geral, Santos Pereira afirmou que «não compete ao Governo fazer o [seu] balanço», optando por sublinhar a existência de um «consenso nacional bastante alargado de que precisamos de ultrapassar a crise e precisamos de nos unir».
De resto, «o Governo entende que o direito à greve não se põe em causa minimamente. Obviamente, não concordamos com os propósitos] da mesma», afirmou.