O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão defendeu a necessidade de austeridade para resolver a crise de dívida soberana na Europa e negou que Berlim esteja a tentar dominar, através da economia, os parceiros da zona euro.
Guido Westerwelle, que participa na cimeira sobre segurança nuclear em Seul respondeu às críticas de que a Alemanha, enquanto maior economia europeia, não esteja a fazer o suficiente para incluir a dimensão de crescimento nos programas de resgate aos países da zona euro que beneficiam das ajudas de emergência: Grécia, Irlanda e Portugal.
«Não podemos lutar contra a crise de dívida simplesmente acumulando mais dívida, ou fazendo um país ficar com a dívida de outro», afirmou, rejeitando os apelos para um aumento dos fundos dos mecanismos de proteção da zona euro contra o contágio da crise da dívida soberana.
«Precisamos de convencer os mercados de que a zona euro será uma área de estabilidade financeira no futuro», referiu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha disse ainda que a o país serviu de «âncora de estabilidade» na confusão dos mercados, ao ter disponibilizado 22 mil milhões de euros em capital e garantias de mais de 200 mil milhões de euros para os fundos europeus de resgate.
«No entanto, a melhor forma e a mais sustentável de assegurar o crescimento são as reformas estruturais e a melhoria da competitividade nos Estados-membros. Em áreas como pensões, infraestruturas e emprego», disse Westerwelle.