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Transtejo parou esta quarta-feira com "luta" dos trabalhadores

As ligações fluviais do Seixal, Montijo, Trafaria e Cacilhas para Lisboa pararam hoje nas horas de ponta da manhã e tarde, devido a uma greve dos trabalhadores contra a redução de carreiras e a alteração de horários.

«Fazemos um balanço muito positivo deste dia de greve na Transtejo. Nos períodos definidos não houve barcos, com os trabalhadores a demonstrarem unidade, dignidade e coragem», disse à agência Lusa José Augusto, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Numa altura em que as ligações estão todas a ser repostas, o dirigente sindical referiu que os trabalhadores vão continuar a discutir «as melhores formas de luta para cada momento», deixando um aviso ao Governo.

«Já houve Governos com maiorias muito maiores e que caíram. Os trabalhadores têm que ter a consciência de que todos, não é da empresa 'x' ou 'y', mas todos, podem conseguir mudar as coisas», defendeu.

Quanto aos números, José Augusto afirmou que a adesão foi de 94 por cento nos serviços de manutenção e de 93 por cento na exploração, enquanto fonte oficial da empresa Transtejo declarou à Lusa que os números globais de adesão foram de 54 por cento.

«A adesão global foi de 54 por cento. Confirmamos que durante os períodos definidos de greve não houve barcos, mas esse facto deve-se à necessidade de a tripulação ter que estar completa para poder haver carreiras», explicou.