O grupo Mello e a Arcus, gestora internacional de participações em infraestruturas, que já controlam metade da Brisa, anunciaram hoje, através de uma OPA, que querem comprar o restante. Para tal oferecem um prémio de mais de 13% por ação.
Quando a bolsa de Lisboa fechou, esta tarde, os acionistas da Brisa viram nos ecrãs um valor de 2 euros e 34 cêntimos, uma quebra de 0,6 por cento, mas não adivinhavam que meia hora depois o grupo Mello iria dizer que oferecia 2 euros e 66 por cada uma, um prémio de mais de 13 por cento.
Vasco de Mello, presidente do grupo familiar, explicou esta OPA aos jornalista sublinhando que a crise que o país atravessa também oferece oportunidades, por isso é preciso estar atento.
«Também nos momentos de dificuldades há sempre oportunidades e nós conseguimos capturar esta oportunidade», afirmou.
Esta OPA visa comprar a totalidade das ações da Brisa, um facto obrigatório face ao entendimento entre dois dos atuais acionistas: o grupo Mello e a Arcus, um parceiro internacional, descrito pelo Vasco Mello.
«A Arcus é um fundo de infraestruturas europeu de enorme importância, gere cerca de 2200 milhões de euros em ativos suportados por mais de 40 fundos de pensões e outros investidores institucionais internacionais», explicou Vasco Mello.
O preço da oferta é final, a OPA não tem um prazo concreto de concretização porque depende de múltiplos fatores legais e não é obrigatório que obtenha a concordância dos detentores do capital que ainda não pertence ao grupo Mello e à Arcus.