Recentemente o teologo galego, Andres Queiruga, defendeu que Deus não condena ninguém, nem mesmo Hitler. A hierarquia da Igreja Católica não perdoou o atrevimento
Já andava na mira dos bispos e nas bocas do mundo. Andres Torres Queiruga é a última vítima do impiedoso rigor teológico dos prelados espanhóis. Sem qualquer julgamento e oportunidade de defesa, Queiruga é condenado por lançar inquietação entre os fieis.
São sete os erros de que é acusado, nas vésperas da Semana Santa, sendo o mais relevante o que nega o realismo da ressurreição de Cristo enquanto acontecimento histórico milagroso e transcendente.
A nota da Comissão Permanente não o acusa de herege, nem condena taxativamente a sua obra. O que perturba os bispos espanhóis é a confusão que possa gerar na cabeça dos crentes.
Promotores desta condenação são os bispos de Cordoba e de Granada, bem como o cardeal Roco de Madrid, que consideram as posições do teólogo galego de incompatíveis com a fé.
Por seu lado, Queiruga considerou injusta esta condenação e teologicamente infundada e distorcida. Trata-se, disse, de uma desqualificação pessoal grave porque é exposta a uma calúnia pública.