O vice-presidente do BCE não afasta a possibilidade de Portugal vir a precisar de um segundo programa de ajustamento, lembrando que tal cenário «tem de estar sempre em avaliação».
«Está tudo sempre debaixo de análise e dependente da evolução de situações concretas nos mercados financeiros», considerou Constâncio em declarações aos jornalistas portugueses em Copenhaga, no final de dois dias de trabalho dos ministros das Finanças da União Europeia e de outros intervenientes no setor financeiro europeu.
O responsável do BCE destacou a melhoria recente nos juros portugueses, «uma perceção» dos mercados de que Portugal «está a cumprir as metas» com que se comprometeu no programa de assistência financeira acordado com a «troika» (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).
As decisões de consolidação de contas públicas e aplicação de reformas estruturais em diversos países do euro levaram também a um «novo ambiente no mercado em relação à dívida soberana europeia», disse.
«Temos visto progresso em todos os casos e agora também no caso de Portugal», sublinhou.
Há duas semanas, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse em Lisboa que Portugal pode precisar de uma «ponte» para o regresso aos mercados financeiros em 2013, ou seja, de um apoio adicional da «troika».