O Estado gastou cerca de dois mil milhões de euros nos últimos 12 anos em medidas ativas de emprego, em que participaram mais de 500 mil pessoas para encontrarem um posto de trabalho.
«A despesa pública total associada a estas participações foi, a preços de 2011, aproximadamente igual a dois mil milhões de euros», segundo um relatório enviado pelo Governo aos parceiros sociais.
De acordo com o documento, elaborado por uma equipa da faculdade de economia da Universidade do Porto, entre janeiro de 2000 e agosto de 2011 foram contabilizadas pelos registos do IEFP 1,04 milhões de participações no conjunto de medidas de emprego promovidas nesse período.
O documento, que será discutido na reunião de concertação social de segunda-feira, refere que no mesmo período o Sistema de Informação sobre Medidas de Emprego e Formação Profissional (SIEF) registou 722.6 participações em medidas de emprego.
O relatório de progresso, a que agência Lusa teve acesso, tomando como referência a informação do SIEF, diz que às participações registadas correspondem 514.439 participantes.
Em média cada individuo participou, nos 12 anos considerados, em 1,4 medidas.
Porém, a maioria dos participantes, 390.229 (75,9 por cento do total) participou numa única medida.
De acordo com a mesma fonte, foram os estágios e as medidas ocupacionais que suscitaram a maioria das participações (três quartos).
As medidas de apoio à contratação também tiveram algum protagonismo, com 11 por cento do total de participações.
As medidas de apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego foram as que tiveram menor procura, respetivamente com 4 e 2 por cento de participações.
Em termos de despesa foram os estágios que absorveram a maior parte das verbas gastas com medidas de emprego (36 por cento do total), seguidas das medidas de apoio ao empreendedorismo (31 por cento) e das medidas ocupacionais (24 por cento).
Com os apoios à contratação foram gastos 6 por cento do total das verbas e com o apoio ao autoemprego foram gastos 3 por cento do total.