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Galiza: Presidente da junta admite mão criminosa na origem do incêndio

Já foi dada ordem para investigar a origem do incêndio que consome o parque natural Fragas do Eume, desde a tarde de sábado e que já consumiu 500 hectares de floresta. O presidente da junta, Alberto Nunhez Feijó, já admitiu mão criminosa na origem deste fogo.

As autoridades galegas calculam que as chamas já destruíram 500 hectares de floresta e mais de 250 hectares de mato, sendo que grande parte da área ardida inclui o parque natural de Fragas de Eume, considerado um tesouro ecológico da Galiza.

Trata-se de um bosque atlântico com mais de nove mil hectares, onde existem mais de 23 espécies de árvores, 126 espécies de vertebrados e 103 espécies de aves. O parque foi criado em 1997, mas quem lá vive diz que há muitos, muitos anos que não assistia a tanta destruição causada por um incêndio.

O fogo que começou ao principio da tarde de sábado, num ponto alto do parque rapidamente desceu pelas encostas. O vento forte ajudou à propagação das chamas.

Os meios para combater o fogo foram reforçados esta manhã. No terreno estão mais de 200 homens da unidade militar de emergências, 20 brigadas florestais, cinco helicópteros e quatro aviões.

A associação de defesa ecológica da Galiza já responsabilizou o governo regional por esta situação, apontando as más políticas de conservação e os erros na estratégia florestal que, afirmam os ecologistas, potenciaram o desastre que está a acontecer.