Ambiente

Quercus aplaude alargamento da ZER

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A associação ambientalista aplaudiu a «maior exigência e alargamento da Zona de Emissões Reduzidas» face aos dados que mostram um agravamento da poluição em Lisboa em 2011.

A partir desta segunda-feira, os veículos anteriores a 1992 ficam proibidos de circular na zona a sul do eixo criado pelas avenidas de Ceuta, das Forças Armadas, dos Estados Unidos da América, Marechal António Spínola, Santo Condestável e Infante D. Henrique e Eixo Norte/Sul, segundo decisão da Câmara Municipal de Lisboa.

A implementação da segunda fase da ZER restringe a circulação também no eixo Avenida da Liberdade/Baixa, onde desde julho os carros sem catalisador (anteriores a 1992) estão impedidos de circular.

A circulação passa a ser possível apenas a veículos ligeiros posteriores a janeiro de 1996 e pesados construídos depois de outubro do mesmo ano.

Esta medida vigora nos dias úteis, das 7h00 às 21h00, e são admitidas exceções a veículos de emergência, especiais ou de pessoas com mobilidade reduzida.

A Quercus explicou hoje que os valores-limite agravaram-se de 2010 e 2011 relativamente à proteção da saúde para as partículas inaláveis e para o dióxido de azoto impostos pela legislação nacional e comunitária.

A Quercus analisou os dados validados de 2010 e os provisórios de 2011 disponibilizados na internet da Agência Portuguesa do Ambiente (QualAr).

«Como a compilação dos dados não validados de 2011 não é direta», a associação afirmou que os solicitou oficialmente, mas não obteve resposta, o que configura uma «falha grave e lamentável na facilitação de informação ao público por parte do Ministério do Ambiente, obrigação contemplada na legislação», de acordo com a associação.

As medições mais elevadas de partículas inaláveis registaram-se na Avenida da Liberdade e Santa Cruz de Benfica e quanto ao dióxido de azoto «várias estações de qualidade da cidade de Lisboa ou adjacentes (caso de Alfragide/Amadora) ultrapassaram, em 2011, o valor-limite anual de proteção da saúde humana».

Para a Quercus, o alargamento da ZER é um «passo fundamental se se cumprir o planeado pela entidade responsável pela gestão da qualidade do ar», mas outras medidas como as restrições de estacionamento automóvel, a promoção do transporte público, os planos de mobilidade das empresas com grande número de trabalhadores «são igualmente necessárias e urgentes».

Redação