O PCP defendeu que o novo Tratado Europeu tem de ser submetido a referendo, criticando «o triste historial do PS e do PSD» nesta matéria e advertindo que todos os responsáveis políticos devem «assumir as suas responsabilidades».
«Nós entendemos que este tratado, pelas implicações que tem na soberania nacional e ao pretender amarrar o nosso país a objetivos absolutamente irrealistas de défice orçamental não pode ser ratificado por Portugal e aprovado pela Assembleia da República de supetão, sem que haja um amplo debate nacional sobre as suas implicações profundas», afirmou o deputado comunista António Filipe.
O deputado do PCP e vice-presidente da Assembleia da República falava aos jornalistas no Parlamento sobre o projeto de resolução da sua bancada, que será discutido na próxima quinta-feira, aquando do debate do novo tratado orçamental europeu.
António Filipe criticou o «triste historial do PS e do PSD relativamente a que os portugueses sejam ouvidos de facto e possam pronunciar-se em referendo sobre a vinculação de Portugal a tratados europeus» e lembrou a posição do atual secretário-geral do PS, António José Seguro, que em 2008 votou a favor de um referendo ao Tratado de Lisboa.