Política

Carlos Zorrinho defende que «ato adicional» a Tratado não é inédito

Carlos Zorrinho no lançamento seu livro "A Gestão da Felicidade" Global Imagens

O líder parlamentar do PS afirmou hoje ainda não ter lido a carta enviada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, mas defendeu que já houve outros «atos adicionais» a um Tratado e que essa é uma «forma absolutamente correta».

«O ter um ato adicional não é a primeira vez que acontece num Tratado e a forma é absolutamente correta. Nós podemos aprovar um Tratado e, depois, aprovar um ato adicional a esse Tratado. Esse ato adicional é muito importante para as pessoas em concreto e é para as pessoas em concreto que nós queremos que ele seja aprovado», afirmou Carlos Zorrinho aos jornalistas.

À margem da apresentação do seu livro "A gestão da felicidade", em Lisboa, o líder da bancada socialista disse que o ministro Miguel Relvas lhe telefonou minutos antes dessa apresentação a comunicar o envio da carta, mas que ainda não teve oportunidade de a ler.

Nessa carta, o Governo rejeita a negociação de uma adenda ao Tratado Orçamental europeu, proposta pelos socialistas, mas sugere ao PS a elaboração de uma resolução conjunta com a maioria parlamentar PSD/CDS-PP sobre política europeia, tendo Miguel Relvas já afirmado publicamente que o executivo acredita existirem «todas as condições para um entendimento» com o PS.

«Não tive oportunidade ainda de ler essa carta, assinalo a importância de ela ter sido enviada, mas como não a li ainda não posso comentá-la», disse Zorrinho.

O líder da bancada do PS reiterou que «um Tratado sobre questões orçamentais pode ser importante, mas é claramente insuficiente» e que «em toda a Europa» se está a «gerar um movimento para que esse Tratado tenha um ato adicional».