O líder da bancada do PS responde à carta do ministro Miguel Relvas com um novo apelo para que seja aceite uma adenda ao novo tratado europeu que reforce a aposta no emprego e no crescimento
Na volta do correio, Carlos Zorrinho deu uma garantia a Miguel Relvas: «Nós vamos votar favoravelmente o tratado orçamental» com um mas «consideramos que o tratado orçamental tal como está é insuficiente para o impulso que Portugal e a Europa precisam em termos do crescimento e emprego».
Por isso, o líder parlamentar do PS existiu que o texto que o Governo leva a votos deve ser complementado.
«Faço um derradeiro apelo ao sentido de responsabilidade para que seja possível não só viabilizar o nosso projeto de resolução como sobretudo que o Governo não quebre o consenso europeu e não desiluda os portugueses porque nós precisamos que a Europa e Portugal avance no sentido do crescimento, do emprego, do desenvolvimento e isso só com este tratado não é possível», sublinhou.
Carlos Zorrinho mantém o projeto de resolução socialista em cima da mesa e exclui a hipótese de assinar um texto com a maioria, como lhe propôs o ministro Miguel Relvas.
«Com a carta que me foi enviada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, que recusa a ideia de trabalhar para um ato adicional, não faz sentido», afirmou.
A haver rutura de consenso europeu, Zorrinho aponta o dedo ao PSD e ao CDS e apesar de não estar em Portugal na hora da votação, devido a compromissos em Bruxelas, o líder da bancada socialista não antecipa sobressaltos e diz «estar muito tranquilo».