Numa carta enviada ao diretor-geral dos Serviços Prisionais, os chefes da Guarda Prisional falam em torres de vigilância desativadas e ausência de meios auxiliares de segurança.
Os chefes da Guarda Prisional mostraram-se preocupados com o facto de serem cada vez mais as prisões pouco vigiadas em Portugal, num ano em que o recorde de fugas já foi batido em pouco mais de três meses.
Numa carta a que o jornal i teve acesso, estes chefes chamam à atenção para a existência de prisões com todas as torres de vigilância desativadas por falta de pessoal.
Os guardas prisionais notam ainda a ausência de meios auxiliares de segurança, como detetores de metais e centros de controlo de televisões e rádio por estarem avariados ou simplesmente não existirem.
Estes responsáveis informaram também o diretor-geral dos Serviços Prisionais que a situação está no limite e que com a diminuição do número de efetivos, com saídas para a aposentação que não são repostas, estão a ser criadas condições que facilitam as fugas.
Estes chefes da Guarda Prisional alertaram para o facto de a situação poder piorar quando os reclusos tiveram consciência destas fragilidades e para a falta de viaturas celulares, o que já levou a que não fossem feitos alguns serviços por falta de transporte.
Na carta dirigida a Rui Sá Gomes, foi ainda revelado que algumas viaturas já chegaram a ficar imobilizadas na berma da estrada com reclusos violentos no interior enquanto esperavam o transbordo.
Os guardas prisionais afirmam ainda que as cadeias estão superlotadas, o que agrava ainda mais a escassez de meios, como a falta de camas, colchões e produtos de higiene e limpeza.