A responsável de operações da Eurocontrol diz que uma situação de greve de controladores aéreos obriga à necessidade de criar «rotas à volta do espaço aéreo que deixa de existir».
A greve dos controladores aéreos que se vai verificar esta sexta-feira nos aeroportos portugueses entre as 7:00 e as 9:00 pelo segundo dia consecutivo vai ter impacto na rede europeia de controlo aéreo, o Eurocontrol.
Em declarações à TSF, a responsável de operações do Eurocontrol lembrou que «se olharmos para o mapa da Europa o espaço aéreo de Portugal está fechado algumas horas», o que vai obrigar as companhias aéreas a criar «rotas à volta desse espaço aéreo que deixa de existir».
Nicki Cooper explicou que esta situação é semelhante à que aconteceria se existissem cinzas vulcânicas ou mau tempo no espaço aéreo e que as transportadoras têm a opção de atrasar os voos organizá-los para partirem antes da paralisação.
Esta responsável acrescentou ainda que as questões laborais não interessam à Eurocontrol e que sempre que há uma paralisação há sempre alternativas.
«O nosso papel não é questionar os motivos das greves. Isso diz respeito às companhias e governos de cada país. O controlo de tráfego aéreo é por natureza uma profissão complexa. Temos de ter em atenção todos os aspetos relativos à segurança», frisou.
Por isso, conclui Nicki Cooper, «garantimos apoio e tentamos minimizar na medida do possível todos os atrasos e restrições».