O Bayern Munique foi superior e venceu o Real Madrid por 2-1, em jogo da primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões em futebol, marcado pelo nervosismo e pelas táticas.
Os alemães adiantaram-se no marcador aos 17 minutos, por intermédio do francês Ribery, mas os "merengues" igualaram no decorrer da segunda metade, aos 53, através do alemão Ozil, que desviou para a baliza uma assistência do internacional português Cristiano Ronaldo.
O Real Madrid não foi capaz de segurar um resultado que lhe interessava, tal como já sucedera em Moscovo nos oitavos de final frente ao CSKA, depois de José Mourinho ter dado claramente a entender que o pretendia segurar com as entradas de Marcelo e de Granero, dois jogadores de maior contenção, em detrimento de Ozil e Di Maria.
Por outro lado, os jogadores "merengues" voltaram a evidenciar dificuldades de controlo emocional, em particular Sérgio Ramos, Fábio Coentrão e Marcelo, e, não fosse alguma brandura do árbitro inglês Harold Webb, o Real Madrid não teria terminado a partida com 11 jogadores em campo.
Na primeira parte, durante a qual as oportunidades de golo escassearam, os alemães foram mais eficazes, ao adiantarem-se no marcador num lance de bola parada, um pontapé de canto, em que Ribéry não perdoou, "fuzilando" as redes contrárias.
O Real Madrid teve uma entrada forte no jogo, forçando os alemães a baixarem as linhas e a tentar sair em transições rápidas, e chegou mesmo a dispor de uma boa oportunidade de golo aos sete minutos por Benzema, mas, à medida que o jogo foi correndo, o Bayern foi assumindo a iniciativa e o ascendente na partida, razão pela qual o golo de Ribéry fez alguma justiça no marcador.
Na segunda parte, o Real Madrid, em desvantagem, voltou a ter uma entrada mais forte, pressionando mais à frente no relvado, obrigando de novo os alemães a defender com o bloco mais baixo e jogando no erro dos espanhóis, mas não contavam com o golo de Ozil, aos 53 minutos.
Um golo de insistência, com Cristiano Ronaldo a falhar incrivelmente frente a Neuer, a passe de Benzema, mas a bola sobrou para o francês, que "inventaria" o empate, ao cruzar rasteiro para o segundo poste, onde o português tocou de primeira para Ozil encostar para o fundo das redes.
A reação alemã não se fez esperar, a equipa aumentou a sua dinâmica de jogo, emprestando-lhe mais agressividade e objetividade, forçou o Real a recuar e criou oportunidades para chegar ao segundo golo, aos 62, 71 e 73 minutos, com um denominador comum: Mário Gomez.
Valeu ao Real Madrid que o avançado alemão esteve em noite pouco inspirada no que toca a finalização, mas Mourinho pressentiu o perigo e fez entrar dois jogadores que lhe assegurassem uma mais eficaz cobertura a meio-campo, Marcelo e Granero, insuficiente para evitar a derrota aos 89 minutos, por Mário Gomez, que teve assim oportunidade de se redimir.