O ex-candidato à presidência do Sporting concorda com Godinho Lopes sobre a exclusão de um cenário de eleições antecipadas neste momento. Por outro lado, não concorda com o regresso de Paulo Pereira Cristóvão à vida ativa do clube.
Para bem da estabilidade do Sporting, não há necessidade de sequer se pensar em eleições antecipadas. Abrantes Mendes concorda com a obrigatoriedade de união em torno do clube.
Esse cenário, «apenas poderia ser pensado em circunstâncias exepcionais de perda de quorum. Há que lutar pela estabilidade e união, mas os acontecimentos não devem ser esquecidos de um momento para o outro. Que a memória não seja curta», afirmou esta manhã à TSF.
O regresso de Paulo Pereira Cristóvão ao cargo à vice presidência, não merece aprovação deste ex-candidato á presidencia.
«Não concordo. Este meu juízo não envolve nenhum sentimento de culpa relativamente ao vice presidente. Como jurista tenho de defender o principio da presunção de inocência. Ele disse e muito bem, que tomou a atitude para defender o bom nome do Sporting. Não percebo por que volta atrás»
Abrantes Mendes considera que este caso pode provocar instabilidade numa altura em que o Sporting está em três meias finais europeias em três modalidades diferentes.
Por outro lado, não acredita «muito em inquéritos internos, porque têm sempre algo de parcial. Devemos aguardar com serenidade e aguardar o epílogo dos inquéritos criminais que estão a ser levados a cabo», concluiu, referindo-se a uma das medidas ontem anunciadas pelo Sporting, como forma de ajudar a esclarecer a situação.