Portugal

Igreja Católica diz que eliminação de feriados religiosos não é urgente

Manuel Morujão

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão, considerou que não é urgente o processo de eliminação dos feriados religiosos.

Em Fátima, no penúltimo dia de trabalhos da Assembleia Plenária da CEP, Manuel Morujão sustentou que «não se vê neste assunto do calendário uma urgência».

«Não se trata de uma prioridade que tenha de ser resolvida depressa», disse, reafirmando que os feriados propostos pela Igreja Católica são o Corpo de Deus (a 7 de junho, em 2012) e o Dia de Todos os Santos (1 de novembro).

Sobre as declarações de monsenhor Fabio Fabbri - com responsabilidades no Vaticano -, que à TSF defendeu, na terça-feira, que «não se pode deitar fora» o feriado do 1 de novembro, a «festa da família», e questionou os motivos «por que se atacaria a celebração da Assunção de Maria» (15 de Agosto), o porta-voz da CEP salientou que se trata de «uma opinião pessoal» e «não oficial».

Manuel Morujão reafirmou que qualquer posição oficial «sairá das conversações entre o Vaticano e o Estado português».

O porta-voz da CEP lembrou que é consensual a eliminação do feriado do Corpo de Deus - uma das sugestões da Conferência - e defendendo de novo a ideia de que este feriado não deve ser suprimido já este ano, uma vez que «já existem atividades em agenda, quer ao nível civil, quer ao nível religioso».

Quanto ao segundo feriado proposto pela Igreja Católica Portuguesa, Manuel Morujão ressalvou que O Dia de Todos os Santos continuará a ser assinalado a 01 de novembro, mantendo-se assim o calendário litúrgico.