A dimensão da fatura que calhará a Portugal ainda não está definida, mas o ministro da Defesa Aguiar-Branco lembrou, em Bruxelas, que Portugal está nesta altura sob intervenção externa.
À margem de uma reunião de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da NATO, Aguiar-Branco confirmou o apelo à contribuição dos Aliados e parceiros da NATO para a manutenção da segurança no Afeganistão depois de 2014, ano em que termina o atual mandato da Aliança Atlântica.
«Foi falado na necessidade de isso acontecer, que é assumido por todos os países como uma realidade. Mas em termos quantitativos não», revelou.
A manutenção da segurança no Afeganistão, depois da retirada da NATO, está avaliada pela própria aliança Atlântica em cerca de quatro mil milhões de dólares. Mas quanto caberá a Portugal, Aguiar-Branco não revelou.
O ministro da Defesa recordou que Portugal está sob intervenção externa, e disse acreditar que essa fator será tido em conta na hora de definir quanto calha a cada país.
«Essa é uma realidade que já é conhecida e se sabe que estamos a viver um momento de particular austeridade, portanto nem sequer foi necessário fazermos qualquer referência a esse propósito», frisou Aguiar-Branco, recordando que Portugal sempre deu resposta positiva aos compromissos assumidos com a NATO.
Os montantes deverão ficar definidos na próxima cimeira da NATO em Chicago daqui a um mês.