Portugal

Alterações na eliminação de feriados obrigam a nova concertação social

António Saraiva Direitos Reservados

O presidente da CIP espera o resultado das negociações entre Governo e a Igreja, que, na opinião de António Saraiva, não parece disponível para eliminar dois feriados religiosos.

O presidente da CIP recordou, esta quinta-feira, que qualquer alteração ao que está estabelecido em relação à eliminação de feriados obriga ao regresso à mesa das negociações em sede de concertação social.

António Saraiva lembrou que a «Igreja não está muito disponível» para ceder nos dois feriados religiosos e espera para ver quando é que o Governo e Igreja se vão entender em relação à eliminação destes feriados.

«Há alguma celeuma em relação aos dois feriados civis, mas tanto quanto nos é dito o Governo vai levar por diante aquilo que se acordou em concertação social», acrescentou.

Quanto aos cortes nos valores das indemnizações por despedimento, o presidente da CIP, que é favorável a uma redução para dez dias por cada ano de trabalho, considera que este assunto deve ser discutido em concertação social.

António Saraiva justifica a defesa da redução com o facto de Portugal se poder comparar a outros países, contudo, entende que é preciso discutir qual vai ser o «quadro comparativo», muito acredite que o número que «seguramente vai ser encontrado» é do de dez dias.

«Mas antes de chegarmos a um número há que discutir critérios e fatores de comparabilidade», acrescentou o presidente da CIP.