O ministro da Economia diz que o Governo «tenciona cumprir integralmente» o acordo de concertação social, mas lembra que algumas medidas «não podem ser já implementadas, porque existem dificuldades técnicas óbvias» a superar.
João Proença pediu e Passos Coelho já confirmou a reunião com o líder da UGT na próxima segunda-feira.
«O acordo de concertação social é fundamental para todos os parceiros sociais e para o Governo, e é principalmente fundamental para o país. O Governo tenciona cumprir integralmente o acordo de concertação social», afirmou Álvaro Santos Pereira aos jornalistas esta manhã, no final de uma reunião com a direção da Junta Metropolitana do Porto.
Segundo o governante, «em três meses já muito foi alcançado, muitas outras medidas estão em curso e estão a ser acompanhadas».
Álvaro Santos Pereira salientou que algumas das medidas «não podem ser já implementadas, porque existem dificuldades técnicas óbvias que têm que ser superadas», adiantando que o acordo «é para os próximos dois, três anos».
«Estamos a fazer o que podemos para cumprir integralmente e o mais rápido possível», sublinhou.
O governante apontou o exemplo da medida que prevê a acumulação do subsídio de desemprego com uma oferta de emprego, cuja remuneração seja inferior ao valor do subsídio.
Quando confrontado pelos jornalistas sobre os indicadores que apontam para o encerramento de seis mil empresas até ao final de 2012, o ministro lembrou que Portugal «tem a economia a contrair de uma forma bastante significativa», não sendo, por isso, de estranhar que haja diariamente empresas a declarar insolvência.
«Temos a economia a contrair de uma forma bastante significativa, as empresas naturalmente têm que se reestruturar e muitas delas vão à falência. Nós sabemos disso, não há nenhum mistério», disse.