Portugal

Se houve altura em que se justifica celebrar o 25 de abril é este ano, diz CGTP

A CGTP disse, esta tarde, que nunca como agora se justificou assinalar o 25 de abril. Em conferência de imprensa, o secretário geral da inter defendeu que é preciso dessa forma, celebrando a revolução, dar um sinal de denúncia e de resistência

O rumo que o país leva está cada vez mais distante do 25 de Abril, afirma a CGTP. Por isso mesmo, vincou Arménio Carlos, o Dia da Liberdade toma outra dimensão.

«Há razões acrescidas não só para se festejar mas [também] para exigir que abril se cumpra todos os dias nos locais de trabalho», afirmou o secretário geral da CGTP.

As razões são mais, os direitos são menos e alguns estão em risco: « O direito ao salário, o direito ao trabalho, à proteção social, à maternidade, o direito a um emprego digno, uma luta contra a precariedade», sublinhou.

«É com isso que nós estamos hoje todos os dias confrontados, e hoje mais do que nunca se exige porque os direitos dos trabalhadores não são privilegiados, são direitos», reforçou.

O direito de protestar está sob ameaça? Ao anunciar tolerância zero nas manifestações, o Governo está a mostrar uma «posição de fraqueza», defendeu Arménio Carlos.

«Ao avançar com esse tipo de posições, na prática está quase a intimidar os portugueses para não participarem nas manifestações. Isso não é bom. Em termos da CGTP aquilo que dizemos é que tolerância zero é áquela que nós damos ao Governo e é áquela que o Governo devia ter relativamente ao crime», declarou.