A multinacional vai criar um centro de gestão remota de redes de banda larga, um investimento de 90 milhões de euros e que permitirá duplicar o número de funcionários da empresa.
São 1500 postos de trabalho qualificados, quase todos a recrutar em Portugal e na maior parte na área da engenharia. O centro que a Nokia vai criar é o terceiro a nível mundial, mas o primeiro a nível europeu.
O presidente da Nokia para a Europa do Sul, João Picoito, explica que o país foi escolhido porque a filial portuguesa, com a ajuda do Governo, apresentou a melhor candidatura à "casa mãe".
«Portugal e a equipa de gestão portuguesa teve uma boa candidatura, apresentou boas condições. Penso que o apoio do Governo e da AICEP foi importante, foi um apoio bastante pró-ativo», referiu.
João Picoito rejeita que o país tenha sido escolhido por causa dos baixos custos do trabalho e elogia a engenharia nacional.
«A engenharia portuguesa tem uma grande capacidade, qualidade, inovação e obviamente no contexto europeu é um país com custos aceitáveis, mas que não se podem comparar com outros países no mundo, nomeadamente na Ásia», defendeu.
A Nokia quer recrutar 1500 pessoas nos próximos dois anos, mas a caça aos talentos já começou, explicou o ministro da Economia.
«Neste momento, o IEFP e a Nokia Siemens já estão a trabalhar no intuito de recrutar o mais depressa possível mais de 500 engenheiros», revelou o ministro.
Álvaro Santos Pereira acredita que este investimento é fruto das reformas estruturais levadas a cabo pelo Governo.
«Quando os investidores estrangeiros acreditam que o nosso país está a fazer reformas estruturais importantes, que estamos a tornar o nosso país mais amigo do investimento e com melhor clima de negócios, os investimento obviamente aparecem», destacou.
O centro da Nokia vai gerir redes que servem 230 milhões de clientes em todo o mundo.