Bettencourt Picanço diz que o Governo deverá propor «pagamentos de deslocações» e considerar a «situação dos trabalhadores que possam ser convidados a ir para lugares mais afastados».
O presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado revelou que o Governo está disponível para rever alguns dos pontos apresentados da mobilidade geográfica nas negociações com os sindicatos da Função Pública que começaram esta quinta-feira.
Após uma audiência com o secretário de Estado da Administração Pública, Bettencourt Picanço adiantou que o Governo está disponível para «apresentar um projeto em que essas situações vão ser revistas quer com pagamentos de deslocações quer com a consideração da situação dos trabalhadores que possam ser convidados a ir para lugares mais afastados».
«Os trabalhadores vão poder alegar motivos impeditivos da concretização dessa mobilidade, portanto é disso que ficamos à espera numa próxima reunião visto que o que dissemos ao Governo é que as normas que estão em cima da mesa são totalmente inaceitáveis», explicou.
Este dirigente do STE explicou ainda que o «Governo vai ponderar os montantes das indemnizações» relativamente às rescisões por mútuo acordo e que os sindicatos também não concordam com o limite máximo de indemnizações de 12 remunerações mensais.
«Achámos que não é possível considerar que aos trabalhadores com 10, 20 ou 30 anos seja atribuída a mesma compensação em rescisão por mútuo acordo. Portanto, dissemos ao Governo que do nosso ponto de vista a haver rescisões por mútuo acordo elas deviam ponderar as carreiras dos trabalhadores no que toca às indemnizações a atribuir», concluiu.