O secretário-geral do PS afirmou hoje que a austeridade «é necessária», mas «não na dose e ritmo» que está a ser aplicada, sublinhando que «chega de experimentalismos».
Num colóquio a propósito do lançamento do livro "Palma Inácio e o Golpe dos Generais", de Luís Vaz, com prefácio de Mário Soares, o líder do PS afirmou que «hoje os ideais» que conduziram o 25 de abril em Portugal «esmoreceram».
António José Seguro reiterou que «a austeridade é necessária, mas não na dose e ritmo a que está a ser aplicada», explicando que «assim está a aumentar o desemprego».
Seguro argumentou que, «se a austeridade não for combinada com uma estratégia de crescimento económico», arranjar-se-á «mais problemas».
Por tudo o que expôs, António José Seguro disse que «chega de experimentalismos, chega de voluntarismos».
«Quando se vai para um Governo é preciso pensar antes de agir. Chega de prometer uma coisa antes das eleições, para apanhar o voto dos portugueses, e fazer outra completamente diferente quando se chega ao Governo», apontou.
António José Seguro, depois de ter afirmado que os «ideias de abril esmoreceram», defendeu que «este é o momento de voltar aos ideais» como «liberdade, fraternidade e coesão social», para que se «voltem a viver tempos de encanto».
Em sintonia como secretário-geral socialista, Mário Soares defendeu que «já nem a troika quer austeridade» e que agora o país «precisa é de desenvolvimento».