Milhares de espanhóis estiveram, este domingo de manhã, nas ruas de Madrid. O protesto foi convocado pelos sindicatos contra as medidas de austeridade do governo de Mariano Rajoy.
Na capital espanhola e em várias outras cidades do país foram muitos os que voltaram a dizer-se contra os cortes, nomeadamente, na saúde e na educação.
«Com a saúde e a educação não se brinca». Foi este o lema dos milhares que saíram à rua, não apenas em Madrid, mas também em Barcelona, Bilbao e Valência.
Na Praça Neptuno, a partir da tribuna, o secretário geral das Comissiones Obreras, Ignacio Fernández Toxo, criticou os anunciados cortes de 10 mil milhões na saúde e na educação e avisou que os espanhóis se aproximam cada vez mais de uma situação de emergência económica e social.
De acordo com o responsável, o governo está a perder a confiança a passos largos, até porque - defendeu - a maioria obtida nas eleições não lhe dá legitimidade para avançar com as reformas anunciadas.
Toxo prometeu lutar contraestas reformas enquanto houver gente que o acompanhe.
A perde de confiança no governo foi também tema no discurso do secretário geral da UGT. Em Puerta del Sol, Candido Mendez defendeu que a reação dos mercados mostra bem que, tanto dentro como fora do país, a confiança no executivo espanhol está a perder-se.