O presidente dos Estados Unidos declinou comentar o paradeiro do dissidente chinês Chen Guancheng ou se existem negociações com os dirigentes de Pequim sobre o assunto.
Barack Obama firmou, porém, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, que a China será mais «forte e próspera» se respeitar os direitos humanos.
«[Este respeito é] o correto, responde às nossas crenças e à liberdade, mas também acreditamos que a China ficará mais forte» à medida que aumentar o respeito pelos direitos humanos, disse Obama.
Não obstante, como tem feito até agora o seu governo, evitou pronunciar-se sobre o caso de Chen, que fugiu na semana passada da sua detenção domiciliária extrajudicial na sua casa, em Linyi, na província oriental de Shangdong.
Existem rumores de que este advogado autodidata cego está sob proteção dos diplomatas norte-americanos na capital chinesa, se bem que esta possibilidade não tenha sido confirmada nem por dirigentes chineses nem norte-americanos.
O secretário de Estado adjunto para a Ásia, Kurt Campbell, está em Pequim para, aparentemente, negociar o destino de Chen.
A fuga do advogado ocorre dias antes de reuniões de alto nível entre dirigentes chineses e norte-americanos, designadamente a secretária de Estado, Hillary Clinton, que parte para Pequim hoje à noite, e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.