O diretor da revista mexicana Processo admitiu que a morte de Regina Martinez, que trabalhava nesta publicação, foi um «golpe brutal», contudo, «não temos medo».
Os profissionais da comunicação social do México dizem sentir-se vulneráveis num país onde 80 jornalistas morreram em 2011.
Ouvido pela TSF, o diretor da revista Processo explicou que a morte de Regina Martinez, recentemente assassinada e que trabalhava para esta publicação, foi um «golpe brutal».
«Mas, creio que se tivéssemos medo não publicávamos mais. Exercemos o nosso trabalho livremente e não pensamos no que pode acontecer», explicou Rafael Rodriguez, a propósito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
No entanto, este jornalista admite que a morte de Regina Martinez «faz-nos sentir vulneráveis, mesmo que não nos impeça de fazer o nosso trabalho».
«Não temos medo e não andaremos para trás. Continuaremos a fazer um trabalho honesto, independente, verdadeiro e com valentia», frisou.
Regina Martinez foi encontrada estrangulada a 28 de abril e investigou muitas mortes de jornalistas antes de ela própria ter sido assassinada após ter dado a notícia da detenção de vários polícias por suspeitas de colaboração com traficantes da droga.