Economia

BCP reclama urgência na regulamentação dos 12 mil milhões

Nuno Amado dr

Na primeira apresentação de resultados à frente do BCP, Nuno Amado pediu celeridade na publicação da lei que regulamenta o aceso dos bancos aos 12 mil milhões disponibilizados pela troika.

Até ao final os bancos têm de conseguir um rácio de capital de dez por cento mas a primeira meta volante desta espécie de prova de longo curso acontece em junho, altura em que, por imposição da agência bancária europeia, as instituições financeiras terão de atingir um valor de nove por cento.

E já não falta muito para essa marca. Por isso, diz Nuno Amado, é preciso urgência na publicação da lei que regula o aceso aos 12 mil milhões de euros da troika.

«O tempo urge. Alguém me perguntou se já sabia se havia uma decisão definitiva sobre isso, [mas] penso que a portaria ainda não saiu, portanto isso têm de perguntar ao ministério das Finanças», sublinhou.

As necessidades atuais do BCP estão estimadas em 2500 milhões de euros. Em dívida pública portuguesa o banco tem hoje 4400 milhões, 70 por cento deste valor vence a menos de dois anos, e Nuno Amado não coloca de parte a hipótese de comprar mais porque diz estar confiante na evolução das contas públicas do país.

«A evolução da perspetiva macro é positiva. Nesse sentido, nós não temos nenhuma decisão tomada mas tão pouco colocamos de parte a possibilidade de aumentar a exposição em dívida pública portuguesa», referiu.

O BCP tem até junho para aumentar o capital em cerca de 2500 milhões de euros, vai precisar da ajuda do Estado mas os moldes exatos do recurso à linha da troika ainda estão por definir.