Economia

Lucro da EDP cai 2% até março para 337 milhões de euros

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O lucro da EDP caiu cerca de dois por cento no primeiro trimestre de 2012, face a igual período do ano passado, para 337 milhões de euros, anunciou hoje a elétrica portuguesa.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por António Mexia informou que o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) se manteve estável em 1,003 milhões de euros, sendo que as operações internacionais representaram 61 por cento do EBITDA.

«Conseguimos estes resultados, num ambiente de mercado extremamente exigente, graças ao efeito de portefólio, ou seja, à diversificação que resulta das áreas e dos países onde temos presença», afirmou, realçando que o resultado operacional no mercado nacional caiu dois por cento, sendo compensado pela 'performance' do mercado internacional.

António Mexia explicou que «a penalização dos resultados operacionais [em Portugal] está ligada a um menor consumo de eletricidade, de 3,7 por cento, a um inverno particularmente seco - menos 83 por cento de pluviosidade neste período - e ao aumento do custo do gás».

O gestor adiantou que a EDP Renováveis foi o grande motor de crescimento dos resultados nos mercados internacionais, realçando que «em Espanha, os resultados incorporam já os efeitos da nova regulação».

O presidente da elétrica destacou ainda «a melhoria contínua em termos de eficiência alcançada com a redução dos custos», realçando que «a EDP continua a ter o melhor rácio de custos de todos os operadores do mercado ibérico».

No primeiro trimestre, o investimento do grupo caiu 17 por cento para 325 milhões de euros, com abrandamento da expansão nas eólicas, sendo que o investimento nas hídricas em Portugal subiu 90 por cento, 78 milhões de euros.

A dívida líquida do grupo manteve-se estável em 16,9 mil milhões de euros e o rácio dívida líquida/EBITDA caiu para 3.7x.

No comunicado ao regulador do mercado, a EDP destaca que tem as necessidades de financiamento asseguradas até ao primeiro semestre de 2015.