A CGD teve lucros de 8,8 milhões de euros no primeiro trimestre, uma quebra de 89% face ao período homólogo de 2011, numa conjuntura adversa que obrigou a um reforço das imparidades e provisões.
«O Resultado Líquido Consolidado atingiu 8,8 milhões de euros, não obstante o esforço de provisionamento acima referido, contra um montante de 83,5 milhões de euros registado no primeiro trimestre de 2011», segundo o comunicado enviado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Ainda de acordo com esta nota, estes resultados alcançados pelo banco público entre janeiro e março traduzem «as condições económicas e financeiras adversas, que determinaram o registo, como custo de exercício, de provisões e imparidades no montante global de 329,7 milhões de euros».
Para a imparidade de crédito a CGD reservou 240,2 milhões de euros, enquanto as provisões e imparidades de outros ativos líquidos (de que se destacam os títulos) foram de 89,5 milhões de euros.
Em declarações a Lusa, o presidente executivo da CGD, José de Matos, disse que neste trimestre «tudo correu bem» do ponto de vista da gestão do banco, «exceto a evolução da qualidade do crédito e reflexo nos resultados via imparidades». Para José de Matos, estes fatores são consequência da situação económica nacional.