O chefe do Governo confirmou as declarações que fez neste sentido e disse que o país «está cansado das crises artificiais» e precisa de «retirar aos desempregados o estigma do desemprego».
O primeiro-ministro reiterou, no sábado, que o desemprego é uma «oportunidade», reafirmando assim declarações que tinha feito na sexta-feira.
À entrada para um encontro com elementos de juventudes partidárias de partidos europeus de centro-esquerda, Pedro Passos Coelho disse que o «país está um bocadinho cansado das crises artificiais».
Passos Coelho considerou ainda que o país está cansado das tentativas de «distorcer e de aproveitar qualquer coisa para querer fazer uma tensão enorme no país».
«Sei bem o que disse. Mantenho o que disse. O país precisa de retirar aos desempregados o estigma do desemprego», acrescentou.
O chefe do Governo garantiu ainda que os desempregados «perceberão que têm da parte do Estado o apoio devido para se prepararem para um melhor futuro, mas toda a sociedade precisa de encarar o desemprego como uma situação que é preciso vencer que não pode ficar estigmatizada nas pessoas».
Passos Coelho aproveitou ainda para negar que haja mal-estar dentro do Governo a propósito deste tema, uma vez que o «desemprego é a maior chaga social que temos».
«Temos de vencer, mas não vamos vencer a situação do desemprego estigmatizando os desempregados. As pessoas que estão desempregados percebem que precisam de novas oportunidades na vida. Esta situação não os vai vencer, é uma situação que eles têm de vencer», sublinhou.