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Trabalhadores da Cabovisão lutam para evitar despedimento coletivo

Trabalhadores da Cabovisão concentrados para evitar despedimento coletivo

Dezenas de trabalhadores da Cabovisão estão concentrados junto à Câmara de Palmela para denunciarem o despedimento coletivo de 100 trabalhadores e pedirem ajuda à presidente do município

De acordo com António Caetano do SINTAV (Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual), à Lusa, a Cabovisão já enfrentava algumas dificuldades, que terá levado a que a empresa fosse vendida pela canadiana Cogeco Cable à francesa Altice, no passado mês de fevereiro.

António Caetano garante, no entanto, que os trabalhadores e o sindicato vão fazer tudo para tentar travar o despedimento coletivo ao mesmo tempo que acusa a empresa de «falta de ética», por não ter falado previamente com o SINTAV.

Para alguns trabalhadores da Cabovisão, que a semana passada receberam a carta onde lhes era comunicado que estavam envolvidos num processo de despedimento coletivo, a surpresa só não foi maior porque já percebiam que ia haver mudanças com a entrada da nova administração.

«Se há algum problema financeiro, os culpados estão na parte de cima da pirâmide. A Cabovisão tem cerca de 20 diretores e diretores-adjuntos. Penso que é demais porque isso encerra muitos custos para a empresa, em termos de salários, viaturas e outras regalias. Era por aí que deviam ter começado a cortar e não pelos trabalhadores, que são uma mais valia para a Cabovisão», disse um dos trabalhadores.

Segundo informação dada pelos trabalhadores que participaram na concentração, a Cabovisão, que tem as principais instalações em Palmela, conta atualmente com cerca de 370 trabalhadores e cerca de 300.000 clientes em todo o País.

Redação