O presidente de um destes centros diz que parece que o atraso nos pagamentos prometidos pelo Governo parece uma «pressão psicológica para desistirmos».
Vários centros privados Novas Oportunidades, aprovados e licenciados, queixam-se de asfixia financeira, porém, poucos aceitam dar voz à denúncia.
Em declarações à TSF, o presidente do Espaço T, uma associação de apoio à integração, sediada no Porto, acusou o Governo de estar muito atrasado nos pagamentos que prometeu, uma situação que coloca em causa o pagamento de impostos.
«Isto é escandaloso. Como é que uma entidade, uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que tem de ter um centro de 13 funcionários, porque tem de atingir metas exigidas pelo Ministério, receber em maio dinheiro que dá para pagar janeiro e parte de fevereiro», perguntou Jorge Oliveira.
O presidente desta IPSS considera «ainda mais grave» o facto de o «saldo final do ano passado no valor de 40 mil de euros ainda não nos foi entregue» mesmo depois de passados quatro meses.
«Temos pago os ordenados com muita dificuldade. Não devemos ordenados, mas devemos à Segurança Social e às Finanças. Todos os CNR privados estão na mesma situação», explicou.
Este responsável diz mesmo que «passa a ideia de que é como se fosse uma pressão psicológica para desistirmos e a melhor forma de desistirmos é não nos dando o dinheiro de forma atempada».