Nas áreas de ensino profissional prioritárias para jovens, metade estão na indústria. No setor dos serviços estão apenas referenciados a restauração e hotelaria e o turismo e lazer.
O Governo quer apostar na ensino profissional para os jovens e definiu a indústria e a agricultura como áreas prioritárias nas linhas de orientação que já seguiram para as escolas.
A lista a que a TSF teve acesso, apresenta 16 áreas de formação, metade das quais na área da indústria, com o setor dos serviços praticamente a ser ignorado.
Metalurgia, metalomecânica, vestuário, calçado, madeira, cerâmica, cortiça, tecnologia dos processos químicos, construção e reparação de veículos a motor, bem como energia e eletricidade são as áreas prioritárias na indústria.
Pescas e agricultura são outras das prioridades com cursos ao nível da produção agrícola ou animal, assim como floricultura e jardinagem.
Florestas e caça e proteção do ambiente são outras áreas de formação assinaladas, estando na área dos serviços fixadas as prioridades na área da restauração e hotelaria e no turismo e lazer.
Os diretores de agrupamentos das escolas públicas consideram que estas orientações chegaram muito tarde aos estabelecimentos de ensino para permitir uma reflexão serena.
Em declarações à TSF, Adalmiro da Fonseca lembrou que os «pais têm de discutir isto com os alunos em casa e saber onde vão pôr os seus filhos e o que querem».
«As escolas devem fazer as suas áreas de atuação para o próximo ano letivo e estas já deviam estar definidas há que tempos. Já deviam estar aprovadas no Conselho Pedagógico, Conselho Geral», explicou.