Os socialistas alegam que o país não pode esperar mais. Assim sendo, PSD e CDS decidiram apresentar propostas de alteração ao conteúdo do documento socialista.
O PSD e o CDS-PP vão apresentar esta quarta-feira propostas de alteração à resolução que o PS vai levar ao Parlamento para promover o crescimento na União Europeia.
O Partido Socialista não aceita a sugestão que foi feita pelo PSD, no sentido de acordar com o PS um projeto conjunto que seria votado na sexta-feira.
O líder parlamentar Carlos Zorrinho explicou à TSF os motivos da indisponibilidade da bancada socialista a essa proposta.
«Amanhã [quarta-feira] à noite à um conselho informar europeu. É muito importante que o primeiro-ministro português possa estar presente não apenas com a sua vontade própria, mas também com o apoio de todos os portugueses e com um instrumento fundamental que é o apoio da AR para poder de alguma maneira procurar mais estímulos para o crescimento, para o emprego, e uma forma de consolidação orçamental que flagele menos os portugueses», sublinhou.
«Por outro lado, o PSD há muitas semanas que conhece a nossa proposta e aquilo que está a acontecer neste momento, com a derrapagem do desemprego e da nossa economia, não recomenda adiamentos, recomenda sim consensos», reforçou Zorrinho, assegurando não ter conhecimento de qualquer proposta do PSD.
O deputado do PSD, António Rodrigues, diz que não havendo disponibilidade do PS para concertar uma alternativa à sua proposta de resolução, os partidos da maioria vão mesmo avançar com propostas de alteração.
«O PSD começou por sugerir que o PS não levasse a votos a sua resolução de forma a que ela pudesse ser trabalhada em sede de comissão. Tendo o PS confirmado que quer levar a votos o seu projeto de resolução, o PSD entende que pode melhorar o texto e conjuntamente com o CDS apresentará propostas de alteração ao projeto do PS», explicou.
«O que está aqui em causa é demasiado importante para que os partidos não se entendam em matéria europeia, portanto estamos convencidos que o vamos conseguir fazer», afirmou António Rodrigues.