Economia

CP diz que 60% dos comboios não circularam, sindicato aponta para 80%

A CP diz que, até às 18h00 de hoje, 60 por cento dos comboios urbanos de Lisboa foram suprimidos, mas o Sindicato Ferroviário da Revisão Itinerante Comercial (SFRCI) diz que 80 por cento das ligações não circularam.

Os trabalhadores das bilheteiras e revisores dos comboios urbanos de Lisboa estão em greve desde quarta-feira e até sexta-feira, em protesto contra o pagamento de apenas 50 por cento (e não 100) dos dias de feriado e de folga.

Contactada pela agência Lusa, Ana Portela, porta-voz da CP, disse que, entre as 00:00 e as 18h00, 60 por cento dos comboios urbanos de Lisboa previstos não circularam, sendo a taxa de circulação de 40 por cento.

Já Luís Bravo, presidente do SFRCI, apontou para uma paralisação «da ordem dos 80 por cento" durante o dia de hoje, «o dia de maior impacto da greve».

O dirigente sindical disse que, pelas 19h00, «a linha do Sado está completamente parada, a linha de Sintra tem dois comboios a circular, a ligação entre a Azambuja e Alcântara tem um comboio em circulação e a ligação entre Castanheira do Ribatejo e Santa Apolónia está parada».

A responsável da CP, por seu lado, garantiu que «há comboios a circular na hora de ponta em todas as linhas», mas reconheceu a dificuldade de fazer previsões.

Sobre os motivos da greve, o sindicato indicou em comunicado que os trabalhadores das bilheteiras e revisores pretendem ser pagos a 100 por cento nos dias de descanso e feriados, como está estipulado no acordo de empresa.

Depois de informados pela CP de que os ministérios da Economia e das Finanças apenas vão pagar aqueles dias a 50 por cento, e com retroativos a janeiro, os funcionários do serviço comercial da CP disseram sentir-se defraudados.

Redação