O presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, afirmou hoje que «não houve condições» para eleger os novos órgãos sociais da Metro do Porto por ausência de propostas do Governo.
O presidente da JMP, Rui Rio, referiu que não apareceu nenhuma proposta do Governo com nomes para os novos órgãos sociais, o que inviabilizou a substituição do atual conselho de administração e, como consequência, levou a que os três membros executivos e uma vogal não executiva apresentassem a sua demissão.
«O que deveria ter acontecido [na assembleia-geral da Metro] era a existência de nomes para os órgãos sociais e, antes disso, uma proposta de alteração de estatutos para que o novo conselho de administração pudesse acomodar aquilo que é o objetivo do Governo, que é a fusão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e Metro», mas tal «não aconteceu», explicou o autarca.
Rio salientou que o «documento em 'powerpoint' que a JMP recebeu» do Governo não se tratava da revisão dos estatutos das duas empresas de transportes, tal como combinado a 20 de abril, na sequência de uma reunião com o ministro da Economia, e sem essa alteração é impossível mudar o atual modelo de governo da empresa.
Para o autarca do Porto, se é intenção do Governo «fazer alguma coisa diferente», a JMP teria que ter algo nas mãos também diferente, para «negociar».
Rio frisou que a JMP «nada tem a ver» com a STCP, porque é apenas acionista da Metro do Porto.
«Considerando que a JMP está a falar com o Governo para haver uma descentralização de competências, nós temos obrigação de estar disponíveis para assumir um papel maior neste dossiê», sublinhou, reafirmando que a Junta está disponível «para aceitar um papel mais relevante no Metro e na STCP».
Na sua opinião, por ser «gigantesco», o Ministério da Economia «é muito difícil de gerir» e esse facto terá condicionado a apresentação da revisão dos estatutos das empresas e de um novo modelo de gestão.