Os responsáveis médicos da FIFA estão preocupados com o aumento da utilização de analgésicos por parte dos jogadores. Em vésperas do Euro 2012, a BBC cita um estudo realizado durante o último mundial e ouviu um sinal de alarme do diretor médico da federação internacional de futebol.
Os dados mais recentes são do último grande torneio mundial de Futebol. Em 2010, dias antes do início da competição na África do Sul, 40 por cento dos mais de 700 jogadores inscritos estavam a utilizar medicamentos anestésicos.
Os inquéritos distribuídos pela FIFA durante o torneio, resultaram numa conclusão publicada nas últimas semanas. Nunca tantos jogadores consumiram medicamentos anestésicos e anti-inflamatórios.
São medicamentos legais, mesmo em cenário desportivo de alta competição, mas o consumo generalizado, está a fazer os médicos suspeitar que os efeitos secundários poderão ser devastadores.
Jiri Dvorak, o director médico da FIFA, diz que é apropriado falar de vício, consumo em excesso e até de tendência crescente.
Tudo por causa da pressão comercial sobre os jogadores para acelerar o regresso à competição depois das lesões, mas também para evitar a dor.
Ou seja, tomam-se analgésicos e anti.-inflamatórios, de forma preventiva, antes dos jogos.
A BBC ouviu ainda o diretor-adjunto da Agência Mundial Anti.-Dopagem que confirma os dados mais recentes e considera que eles são alarmantes.
Outra preocupação do diretor médico da FIFA é a idade dos consumidores destes medicamentos.
São cada vez mais novos, porque os jovens jogadores imitam os mais velhos. Já em 2008, um estudo da americano mostrava isso mesmo. O consumo de medicamentos para lidar com a dor tinha disparado entre as mulheres e os jovens, nas 72 horas anteriores a cada jogo.
Entre as várias suspeitas da comunidade médica desportiva, sobre os efeitos secundários deste uso excessivo de medicamentos, estão os problemas renais.
A BBC cita o caso ainda por esclarecer de um jogador Croata que em 2007, no Werder Bremen, da Alemanha, foi obrigado a um transplante renal.
O caso Krajnic ainda hoje está por esclarecer, mas os jogador sempre apontou o dedo ao excesso de medicamentos prescritos pelos médicos do clube.