No Grupo C, Espanha e Itália são as naturais candidatas a duas vagas nos quartos de final. A Croácia pode surpreender e a República da Irlanda, de Trappatoni, é o "outsider".
Este é o grupo do actual campeão da europa e do Mundo. A Espanha detém o favoritismo, pelo estatuto adquirido, pela marca dos jogadores de Barcelona e Real Madrid; Casillas, Xabi Alonso, Xavi Hernández, Andrés Iniesta entre outros dão garantia de qualidade à equipa número 1 do ranking FIFA, que tem ao leme o experiente e sempre sereno Vicente Del Bosque. Menos fúria e muito mais arte, eis a selecção espanhola, que se qualificou com um pleno de vitórias.
A Itália é a imagem da consistência e é sempre candidata a ir longe. Não perdeu na fase de qualificação. Marcou 20 golos e sofreu apenas 2. O médio Andrea Pirlo é quem mexe os cordelinhos desta squadra azzurra. Balotelli tem tanto de talento, como de mau comportamento.
Campeã da europa em 1968, a Itália tem hoje nos braços um escândalo de apostas na série A italiana. A ponto do lateral Criscito ter deixado a equipa, devido a buscas da polícia em pleno estágio e do selecionador Cesar Prandelli ter chegado a admitir não ir a jogo nesta fase final.
A seguir vêm as duas equipas teoricamente menos favoritas ao apuramento para os quartos de final.
A Croácia está pela quarta vez numa fase final do Euro. A primeira foi no Euro96, em Inglaterra. Os croatas não passaram dos quartos de final, mesmo com uma geração dourada. Slaven Bilic era um desses jogadores.
Agora, como selecionador, despede-se seis anos depois de assumir o cargo: vai substituir o português José Couceiro no Lokomotiv de Moscovo. Há quatro anos, na Áustria e Suíça, a Croácia venceu os três jogos da fase de grupos. Caíu outra vez nos quartos de final, nos penaltis, com a Turquia. Jogadores como Modric, Kranicar, Srna ou Perisic são nomes a ter em conta, numa equipa que pode sempre surpreender. Olic, avançado do Bayern de Munique, é a grande baixa, por lesão.
Giovani Trappatoni, 73 anos, o mais velho selecionador numa fase final, treinador de sucesso, campeão pelo Benfica em 2005, defronta o país natal, no momento em que levou a República da Irlanda, 24 anos depois, a um Europeu. Em teoria é a equipa menos favorita, com um contingente de jogadores baseado no futebol inglês, menos a estrela: Robbie Keane, avançado goleador, representa o LA Galaxy dos Estados Unidos.