Economia

Comboios voltam a parar esta quinta-feira

Transportes dr

Devido às greves dos maquinistas e dos revisores da CP, os comboios da transportadora não deverão circular esta quinta-feira, disse agência à Lusa a porta-voz da empresa.

«Amanhã [quinta-feira] a expetativa é de não haver qualquer comboio a circular», avançou à Lusa Ana Portela.

A porta-voz da empresa afirmou que, à semelhança do que tem sido habitual em greves anteriores, os primeiros impactos da paralisação deverão começar a fazer-se sentir hoje, «muito ao final do dia», podendo registar-se algumas supressões.

Os passageiros deverão sentir ainda os efeitos das greves nas primeiras horas de sexta-feira, alertou Ana Portela.

O Sindicato Nacional de Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) apresentou um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário e aos feriados entre 1 e 30 de junho, não tendo sido definidos serviços mínimos para o transporte de passageiros.

Hoje, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante (SFRCI), que representa os revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, anunciou, em comunicado, que avançou para uma greve «a todos os feriados, nacionais e municipais, e ao trabalho extraordinário a partir de 7 de junho [quinta-feira], por tempo indeterminado».

O SFRCI contesta o facto de a CP estar a adotar «medidas mais penalizadoras, que estão a levar ao desespero os trabalhadores e as suas famílias».

Já o Sindicato dos Maquinistas avançou para a greve «contra a perseguição disciplinar dos trabalhadores da tração [maquinistas] desencadeada pelos conselhos de administração da CP EPE/CP Carga", as «medidas das administrações da CP/CP Carga, que visam reduzir os salários dos trabalhadores» e para reivindicar o «cumprimento integral dos acordos em vigor, designadamente de 21 de abril e 9 de junho de 2011», segundo o pré-aviso.

Na semana passada, a CP já tinha alertado os passageiros para a possibilidade de ocorrerem perturbações diárias na circulação de comboios durante o mês de junho devido às greves anunciadas por diversos sindicatos, adiantando que nos feriados nacionais ou municipais impactos seriam maiores.

Assim, à semelhança do que acontecerá na quinta-feira, no dia 10 de junho também não deverão circular comboios.

A 13 de junho, a greve deverá ter impacto nos serviços urbanos de Lisboa e nas linhas de Sintra, Cascais e Azambuja, também «com a possível supressão da totalidade dos comboios».

Nos comboios de longo curso poderá registar-se a supressão de cerca de metade das circulações a nível nacional, enquanto no serviço regional poderão «ocorrer alguns impactos».

A 24 de junho, serão afetados os serviços urbanos do Porto, onde poderão ser cancelados quase todos os comboios.

Nos serviços de longo curso poderão ser suprimidas cerca de 20 por cento das circulações, enquanto no serviço regional a CP prevê particular impacto nas Linhas do Minho e do Douro, onde poderá nem existir circulação de comboios.

Por fim, a 28 de junho, estão previstas perturbações nos serviços urbanos de Lisboa da linha do Sado, podendo não circular comboios.

Redação