O ministro Miguel Relvas desafiou hoje a oposição a concretizar as mudanças que defende para o poder local autárquico, e no sistema político em geral, porque essa deve ser «uma reflexão de todos».
«É bom que aqueles que estão na oposição também tenham opiniões. Querem mudar o poder local autárquico, então deem a sua opinião, que é para depois não dizerem que aqueles senhores querem de uma maneira e nós não queremos», disse Miguel Relvas na abertura da 2ª Universidade do poder Local da JSD/PSD, que decorre na Curia até dia 10.
«Todos devem ser contribuintes líquidos pela positiva e não uma situação em que a oposição vota contra e a maioria a favor», acrescentou.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares elegeu a reforma do sistema político como uma das que deve ter uma avaliação abrangente e participada, tanto no plano central como local, porque o atual sistema político vigora já há 37 anos.
«Há uma reforma que também é importante começarmos a avaliar, que é a reforma do nosso sistema político e é tempo de se começar a fazer essa reflexão, que não deve ser só de quem governa e de quem ganhou as eleições, mas sim de todos», sugeriu.
Tendo jovens quadros da JSD como ouvintes e o poder local por tema, Miguel Relvas dedicou parte substancial da sua intervenção ao programa "Impulso Jovem", justificando porque é que o Governo não avançou há mais tempo com essa medida.
Miguel Relvas explicou que «antes não era possível libertar os meios» porque tinha de ser dada prioridade à consolidação das contas públicas.
«Só pode pensar em crescimento quem controla a despesa. Não há crescimento sem consolidação e esse é um ponto de equilíbrio», afirmou, esclarecendo ainda que o Governo quis também ouvir os parceiros sociais sobre essa matéria.
Garantindo que o "Impulso Jovem" não é «um programa para inglês ver», Relvas aproveitou para anunciar que na próxima segunda-feira vai tomar posse o diretor executivo e que vão ser os parceiros sociais que vão fiscalizar o programa.
Sem adiantar números, embora dizendo que os tem pensados, afirmou que «o grande objetivo é que em 16 meses um número significativo de jovens sejam aproveitados pelas empresas».