No dia em que está marcada para o Portugal uma manifestação da CGTP, o secretário-geral desta central sindical sugeriu que a flexibilização de salários deve começar «pelos executivos das PSI 20 e pelos técnicos superiores das grandes empresas».
O secretário-geral da CGTP entende que se o Banco de Portugal defende a flexibilização de salários deverá começar por aplicar esta ideia na sua instituição.
Em declarações à TSF, Arménio Carlos sugeriu que a aplicação destas medidas deve «começar por eles e desde logo pelos executivos das PSI 20 e pelos técnicos superiores das grandes empresas».
«Comecem nomeadamente no combate à fraude e evasão fiscal, comecem numa taxa a aplicar nas transações bolsistas que só em 2011 atingiam 102 mil milhões de euros», acrescentou.
Arménio Carlos disse ainda não perceber como é possível «flexibilizar ainda mais os salários quando o salário mínimo em Portugal é de 485 euros e os trabalhadores levam para casa um salário líquido de 432 euros, abaixo do limiar da pobreza».
O líder da Intersindical espera ainda reunir «muitos milhares de trabalhadores e outras camadas da população» numa manifestação a realizar este sábado no Porto.
«As informações que dispomos dos diversos distritos a norte de Coimbra é de que há uma grande disponibilidade e uma mobilização muito significativa», adiantou Arménio Carlos, que acredita que os trabalhadores do Norte «vão dar uma resposta inequívoca do seu descontentamento e indignação».
O secretário-geral da CGTP acredita também que estes trabalhadores vão mostrar nesta manifestação «confiança e determinação para exigir alteração de políticas que respeitem e valorizem quem trabalhem e que ponham os interesses nacionais acima dos interesses dos grupos económicos e financeiros».