Os restos mortais dos 14 passageiros, 11 dos quais estrangeiros, de um helicóptero privado desaparecido na quarta-feira na cordilheira dos Andes foram hoje encontrados pela polícia.
«Estamos a encaminhar-nos para o local do acidente, onde se encontram o helicóptero e os cadáveres», numa zona situada a perto de 5.000 metros de altitude, declarou o procurador da província de Urcos, César Guevara.
«O trajeto para o local onde está o helicóptero pode levar entre duas e quatro horas, dependendo das condições climáticas», indicou, precisando que ele mesmo irá para o local, onde se encontram já patrulhas de especialistas de montanha «para efetuar a retirada dos corpos».
Médicos-legistas e representantes das autoridades locais estão também no sítio do acidente, referiu, acrescentando que não afasta a hipótese de a recuperação dos cadáveres só se realizar no domingo.
A neve e o nevoeiro persistentes tornaram difíceis as operações de socorro naquela zona de glaciares a cerca de 140 quilómetros da cidade turística de Cuzco.
O aparelho sinistrado pertence à empresa privada HeliCusco e tinha desaparecido na zona de Hualla Hualla que se encontra a cerca de 4.725 metros de altitude.
Oito sul-coreanos, engenheiros e responsáveis de empresas encarregados de um projeto hidroelétrico perto de Puno, no sul do Peru, encontravam-se entre os passageiros.
A bordo do helicóptero seguiam igualmente um cidadão checo, um sueco, um holandês e um peruano, bem como dois tripulantes.
Responsáveis da embaixada sul-coreana em Lima chegaram na sexta-feira a Cuzco para acompanhar mais de perto as operações de busca.
Um comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros tinha confirmado na sexta-feira que oito sul-coreanos se encontravam entre os passageiros.