A gestão partilhada da Sociedade Parque Expo entre Lisboa e Loures está em risco. A empresa vai ser extinta no final do mês. A junta de freguesia de Santa Maria dos Olivais avança com providência cautelar.
A Sociedade Parque Expo e a Câmara Municipal de Lisboa não se entendem. No final do mês, a sociedade vai ser extinta e a gestão urbana do Parque das Nações vai ter de ser assumida em conjunto pelos municípios de Lisboa e de Loures, mas não existe consenso quanto ao futuro da empresa. Loures já assumiu a responsabilidade, mas Lisboa não.
À TSF, o presidente da Sociedade Parque Expo, John Antunes, revela que a dívida destes municípios à empresa é de cerca de 85 milhões de euros. Se esta verba não for paga, o Estado pode ter que assumir o encargo.
Contactada pela TSF, a Câmara Municipal de Lisboa enviou um e-mail esclarecendo que a autarquia não tem dívidas para com a Parque Expo. Tudo o que estava contratado até 31 de Outubro de 2008, data em que terminou e não foi renovado o contrato com a Parque Expo, foi pago.
A Câmara manifesta, ainda, disponibilidade para apoiar os moradores na exigência de um comportamento responsável por parte da Parque Expo, que não pode abandonar as familias e as empresas instaladas no Parque das Nações, a quem está obrigada de garantir um serviço de alta qualidade na gestão urbana.
A autarquia liderada por António Costa diz que está disponível para assumir a gestão urbana da zona, desde que estejam garantidas as condições necessárias à manutenção do nível de serviço a que moradores e empresas da zona têm direito, conforme estava a ser negociado. A CML lamenta que o Senhor John Antunes tenha decidido interromper as negociações que estavam em curso, pretendendo impor ultimatos em termos e condições que sabe inaceitáveis para o município e moradores.
A entrevista ao presidente da Parque Expo passa na íntegra depois do noticiários das 19h.