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Empresas exportadoras são «verdadeira locomotiva» da economia, diz Pedro Reis

O presidente da AICEP, Pedro Reis, afirmou hoje que as exportações de bens aumentaram 9,7 por cento de janeiro a abril, face a igual período de 2011, o que mostra que as empresas portuguesas são «a verdadeira locomotiva» da economia.

«O crescimento das exportações de bens em quase 10 por cento por cento no primeiro quadrimestre do ano é indiscutivelmente uma boa performance, que mostra que as empresas portuguesas estão a resistir ao pessimismo e são a verdadeira locomotiva da economia portuguesa», disse à agência Lusa o responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Pedro Reis disse também que nos quatro primeiros meses o comércio de bens intracomunitário aumentou 4,3 por cento e as exportações para fora da União Europeia (UE) subiram 26,8 por cento em termos homólogos, segundo dados da AICEP.

O responsável pela AICEP classificou de «robusto» o aumento do comércio extracomunitário e enfatizou o facto de se estar a sentir «o efeito de diversificação de mercados, a procura em encontrar novas geografias e uma certa fuga [por parte das empresas] ao abrandamento europeu».

O INE divulgou hoje também os dados sobre o comércio internacional, indicando que as exportações de bens aumentaram 8,3 por cento no trimestre concluído em abril, enquanto o comércio intracomunitário cresceu 3,5 por cento e o extracomunitário aumentou 23,8 por cento.

Estes números são «extremamente positivos», comentou Pedro Reis, indicando à Lusa que em abril as exportações registaram em termos homólogos um crescimento de 2,8 por cento, apesar de se ter verificado uma diminuição face a março deste ano, tal como tinha acontecido em abril do ano passado.

Segundo Pedro Reis, este abrandamento «era já expectável» para o mês de abril, mas apesar destes sinais, «um terço do ano está feito e bem feito, com as exportações de bens a crescerem na ordem dos 10 por cento, face ao recorde de 2011», salientou.

«Não deixo de assinalar, embora com algum realismo e prudência, que um terço do ano está cumprido e face a um abrandamento no aumento das exportações [de quase 10 por cento até abril] isto dá-nos uma almofada como objetivo para virar o país para o exterior», concluiu.